terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Por que uma espécie americana de cigarra gosta do número primo 17?

Nas florestas da América do Norte há uma espécie de cigarra com um ciclo de vida muito estranho. Por 17 anos elas se escondem sob a terra fazendo muito pouco, exceto sugar as raízes das árvores. Então, em maio do 17º ano, elas emergem em massa à superfície para invadir a floresta: mais de 1 milhão de cigarras aparece por acre de terra.

As cigarras cantam umas para as outras, procurando atrair parceiros. Juntas, fazem tanto barulho que os residentes locais muitas vezes se mudam da região enquanto dura essa invasão do 17º ano. Bob Dylan inspirou-se nisso para escrever a canção “Day of the locusts”, ao ouvir a cacofonia de cigarras que surgiram nas florestas em torno de Princeton, na ocasião em que ele estava recebendo um diploma honorário da universidade, em 1970.

Depois de atraírem um parceiro e serem fertilizadas, as fêmeas depositam cerca de seiscentos ovos na superfície do solo. Aí, após seis semanas de festa, as cigarras morrem todas, e a floresta volta a ficar em silêncio por outros 17 anos. A geração seguinte de ovos é chocada no meio do verão, e as ninfas caem para o solo da floresta antes de submergir, até encontrar uma raiz da qual se alimentar, enquanto esperam outros 17 anos para a próxima grande festa das cigarras.

É um feito absolutamente extraordinário de engenharia biológica que essas cigarras possam contar a passagem de 17 anos. É muito raro alguma cigarra emergir um ano antes ou um ano depois. O ciclo anual que a maioria dos animais e plantas elabora é controlado pelas

mudanças de temperatura e das estações. Não há nada que abertamente acompanhe o fato de que a Terra tenha dado 17 voltas em torno do Sol, e que possa acionar o surgimento dessas cigarras.

Para um matemático, a característica mais curiosa é a escolha do número — 17, um número primo. Será apenas uma coincidência que as cigarras tenham escolhido passar um número primo de anos escondendo-se debaixo da terra? Parece que não. Existem outras espécies de cigarra que ficam sob o chão por 13 anos, e umas poucas que preferem ficar lá por 7 anos. Todos números primos. De forma bem impressionante, se uma cigarra de 17 anos de fato aparecer cedo demais, isso não ocorre um ano antes, e sim geralmente quatro anos, aparentemente trocando o período para um ciclo de 13 anos. Realmente, parece haver algo relativo a números primos ajudando essas várias espécies de cigarra. Mas o que é?

FIGURA 1.02: Interação durante 100 anos entre populações de cigarras com ciclo de vida de 7 anos e predadores com ciclo de vida de 6 anos.



 Se, por um lado, os cientistas não têm certeza, há uma teoria matemática que surgiu para explicar o apego das cigarras aos números primos. Primeiro, alguns fatos. Uma floresta tem, no máximo, uma espécie de cigarra, então a explicação não gira em torno de compartilhar

recursos entre diferentes espécies. Na maioria dos anos, existe algum lugar nos Estados Unidos onde uma espécie de cigarras de números primos emerge. Os anos 2009 e 2010 estiveram livres delas. Em contraste, 2011 viu uma geração maciça de cigarras de 13 anos no sudeste do país. (Diga-se de passagem, 2011 é primo, mas não creio que as cigarras sejam tão inteligentes assim.)

FIGURA 1.03: Interação durante 100 anos entre populações de cigarras com ciclo de vida de 9 anos e predadores com ciclo de vida de 6 anos.

A melhor teoria até hoje para o ciclo vital de números primos das cigarras é a possível existência de um predador que também costumava aparecer periodicamente na floresta, sincronizando sua chegada de modo a coincidir com a das cigarras, e aí se banqueteando com os recém-surgidos insetos. É aí que entra a seleção natural, porque as cigarras que regulam suas vidas num ciclo de número primo irão deparar com predadores com muito menos frequência que as cigarras de ciclo de número não primo.

Por exemplo, suponhamos que os predadores apareçam a cada 6 anos. As cigarras que surgem a cada 7 anos irão coincidir com os predadores apenas a cada 42 anos. Por outro lado, cigarras que aparecem a cada 8 anos irão coincidir com os predadores a cada 24 anos;

cigarras que surgem a cada 9 anos coincidirão ainda mais amiúde: a cada 18 anos.

Através das florestas da América do Norte, parece haver uma verdadeira competição para encontrar o maior número primo. As cigarras têm tido tamanho êxito que os predadores morreram de fome ou se mudaram de lá, deixando as cigarras com seu estranho ciclo de vida de número primo. Mas, como veremos, as cigarras não são as únicas que exploraram o ritmo sincopado dos números primos.

Cigarras × predadores

Baixe o arquivo pdf para o jogo da cigarra do website Num8er My5teries. Selecione os predadores e as duas famílias de cigarras. Coloque os predadores nos números dos múltiplos de 6 do tabuleiro. Cada jogador assume uma família de cigarras. Peguem três dados comuns de seis faces. O jogo dos dados determinará com que frequência sua família de cigarras aparece. Por exemplo, se cair 8, então ponha as cigarras em cada número no tabuleiro de múltiplos de 8. Mas se já houver um predador em determinado número, não se pode colocar a cigarra — por exemplo, não se pode pôr a cigarra no 24, porque ele já está ocupado por um predador. O vencedor é a pessoa com mais cigarras no tabuleiro. Você pode variar o jogo alterando o período do predador, de 6 para outro número

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Física 8º ano e 9º ano Prof Cassim

http://www.editorapindorama.com.br/ebooks/titas/titas.pdf

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JOGOS



No Reino dos Titãs

16/05/2016


Jogos educativos auxiliam no ensino-aprendizagem tanto na educação formal, como informal. Também podem ser utilizados com intuito de realizar divulgação científica (educação informal). 
No Reino dos Titãs é um jogo destinado para a Educação em Astronomia (formal e informal). Possui 40 cartas (20 pares), medindo 4,4 cm x 8,4 cm, contendo a imagem do astro, nome e outras informações: massa, temperatura, diâmetro, período orbital, período de rotação, raio orbital e número de luas (quando o astro for planeta).Este jogo pode ser utilizado nas modalidades jogo da memória e trunfo. 
É importante estimular nos jovens o interesse científico, fazendo-se necessário à busca por ferramentas que desenvolvam competências e habilidades científicas. Assim, a utilização deste tipo de material deve ser incentivada por pais e educadores, já que há incontestáveis benefícios educacionais. 

JOGO DA MEMÓRIA E TRUNFO SOBRE O SISTEMA SOLAR

O professor Deidimar Alves Brissi (deidimar@deidimar.com.br)juntamente com o estudante Dante Ghirardello (Licenciatura em Física), desenvolveram e publicaram o jogo educativo NO REINO DOS TITÃS. O jogo foi desenvolvido durante a realização do projeto de extensão OLHANDO PARA O CÉU, realizado no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Birigui, no ano de 2015.
No Reino dos Titãs é um jogo destinado para a Educação em Astronomia (formal e informal). Possui 40 cartas (20 pares), medindo 4,4 cm x 8,4 cm, contendo a imagem do astro, nome e outras informações: massa, temperatura, diâmetro, período orbital, período de rotação, raio orbital e número de luas (quando o astro for planeta). Este jogo pode ser utilizado nas modalidades jogo da memória e trunfo.


ECLIPSE SOLAR PARCIAL DE  26 DE FEVEREIRO DE 2017
http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/Eclipse%2026-02-2017.pdf
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O eclipse de 26/02/17

Quando será este eclipse?

Em 26 de fevereiro de 2017 ocorrerá um ECLIPSE SOLAR ANULAR.
No Brasil este será um ECLIPSE SOLAR PARCIAL. A porção máxima do Sol que será coberta nas
regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul variará entre 0% e cerca de 70%.
BRASIL: ÁREAS DE COBERTURA MÁXIMA DO SOL NO
ECLIPSE SOLAR PARCIAL DE 26 DE FEVEREIRO DE 2017
A sombra da Lua será projetada em uma trajetória que passará pelo sul da Argentina, Chile e parte da
África.
Só teremos um ECLIPSE SOLAR ANULAR no Brasil em 2023 e um ECLIPSE SOLAR TOTAL em 2045.
Eclipse solar total
• • •
Como ocorre um eclipse solar total?
Um eclipse do Sol ocorre quando a Lua em fase de Nova passa na frente do Sol e faz
sombra sobre a Terra, ou seja, quando ela fica numa posição alinhada entre o Sol e a
Terra. As pessoas que estiverem em locais da Terra em que a sombra da Lua será
projetada, verão um eclipse solar. Do ponto de vista delas, o Sol será totalmente encoberto
pela Lua, pois o tamanho aparente do Sol parece ter exatamente o mesmo diâmetro
aparente da Lua. A imagem mostra o eclipse de 09/03/16 visto a partir do espaço por um
satélite de sensoriamento remoto.
Os eclipses são raros?
Os eclipses do Sol e da Lua são fenômenos que ocorrem regularmente. A cada ano ocorrem no mínimo
quatro eclipses tanto do Sol quanto da Lua. No máximo podem ocorrer sete eclipses do Sol ou da Lua.
Como ocorre um eclipse solar anular?
Se a Lua girasse em torno da Terra numa órbita perfeitamente circular, sua distância até nós não
mudaria. No entanto, como sua órbita é elíptica (não circular), há um ponto durante cada mês em que
ela se aproxima da Terra (chamado de PERIGEU) e outro em que está mais distante (APOGEU). Por
esta razão, o tamanho aparente da Lua muda, isto é, seu diâmetro no céu altera-se, como podemos ver
na foto abaixo, que mostra duas fotos da Lua Cheia. Na foto da esquerda a Lua estava no apogeu. Na
foto da direita a Lua estava no perigeu.
Quando ocorre um eclipse solar num período em que a Lua está mais distante da Terra (APOGEU), seu
diâmetro aparente fica levemente menor do que o diâmetro aparente do Sol. Por isso, a Lua não o
encobre totalmente e o observador vê um “anel” de luz da superfície do Sol, o que dá origem ao termo
“anular” ou “anelar”. A sequência de fotos abaixo mostra os vários momentos de um ECLIPSE SOLAR
ANULAR.
Por que o Brasil não verá totalmente o eclipse de 26/02/17?
Além da SOMBRA que a Lua projeta na superfície da Terra, em volta da SOMBRA há também uma
PENUMBRA. Por onde a PENUMBRA passar, as pessoas verão só uma parte do Sol sendo encoberto
pela Lua, proporcionando um ECLIPSE SOLAR PARCIAL para estes observadores.
A figura abaixo está fora de escala de tamanho e distâncias e mostra a Terra e a Lua exageradamente
grandes. A UMBRA é a SOMBRA da Lua projetada na superfície da Terra. O anel luminoso em
vermelho em volta da Lua escura é a superfície do Sol.
O mapa abaixo mostra uma linha vermelha por onde passará a SOMBRA da Lua. As linhas restantes
referem-se aos locais onde a PENUMBRA atingirá a superfície. As linhas com valores 0.20, 0.40, 0.60,
0.80 referem-se aos percentuais da superfície do Sol que serão cobertos pela Lua: 20%, 40%, 60% e 80%.
Na linha vermelha a cobertura será quase 100%, pois um fino arco luminoso da superfície do Sol será
visível por ser um eclipse solar anular.
A figuras abaixo mostram os instantes inicial e final da projeção da PENUMBRA, que está representada
pelos discos cinzas.
Quais são os cuidados que precisamos ter para observar o eclipse solar parcial?
É muito importante que NUNCA se olhe diretamente para o Sol sem proteção para os olhos, seja
durante um eclipse ou não, pois isso poderá causar sérios danos à visão devido à exposição aos raios
ultravioleta, tais como catarata e até cegueira.
Um dos filtros mais seguros e não tão dispendiosos são os vidros de máscara para solda n.14
(esverdeados) vendidos em lojas de materiais de segurança do trabalho. Não use óculos escuros, papel
laminado, filmes antigos de fotografia, nem chapas de raios X, pois estes materiais não filtram as
radiações nocivas aos nossos olhos.
Formas seguras de observação do eclipse solar parcial é comprar óculos especiais para a observação de
eclipses solares, que se encontram em endereços da internet. Também se podem utilizar as projeções de
imagens do Sol no chão ou em paredes entre as sombras das folhas de árvores e arbustos. Pode-se
ainda fazer um furo bem pequeno em um pedaço de cartolina e projetar a luz do Sol no chão.
Instrumentos ópticos tais como binóculos e lunetas devem ser utilizados para projetar a luz do Sol no
chão ou em uma folha de papel. Jamais olhe para o Sol usando esses instrumentos ópticos.
Mais informações em: http://www.astro.up.pt/caup/eventos/dawn2009/ComoObservarOSol.pdf
Vidro número 14 esverdeado utilizado em máscaras para solda.
Óculos especiais com filtros para observação de eclipses do Sol
Luz projetada durante eclipse solar parcial entre as folhas de uma árvore
Uso de cartão perfurado para projeção da luz do Sol
Projeção da imagem do Sol por luneta. Fonte: http://www.zenite.nu/como-observar-o-sol/
BRASIL: CAPITAIS E ALGUMAS CIDADES COM OS INSTANTES
DE COMEÇO, MÁXIMO, FINAL E DURAÇÃO DO ECLIPSE
SOLAR PARCIAL DE 26 DE FEVEREIRO DE 2017

Bauru 10:01 11:24 12:51 2:50
Belo Horizonte 10:16 11:43 13:09 2:52
Brasília 10:24 11:37 12:51 2:27
Cuiabá 09:13 10:10 11:11 1:58
Curitiba 09:54 11:20 12:50 2:56
Florianópolis 09:51 11:20 12:52 3:00
Fortaleza 11:45 12:28 13:10 1:25
Goiania 10:18 11:31 12:46 2:27
João Pessoa 11:23 12:32 13:36 2:12
Maceió 11:10 12:25 13:35 2:25
Ponta Grossa 09:53 11:18 12:47 2:54
Porto Alegre 09:44 11:11 12:43 2:59
Recife 11:19 12:30 13:37 2:18
Rio de Janeiro 10:10 11:40 13:10 3:00
Salvador 10:51 12:11 13:27 2:36
São Paulo 10:02 11:30 12:59 2:57
* Ajustado para o horário local em cada cidade

Fonte: timeanddate.com


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

VOCÊ SABE AJUDAR SEU FILHO NAS TAREFAS DE CASA?

A Lição de Casa é uma prática instalada na rotina escolar e, com pequenas diferenças, acontece na grande maioria  das escolas, sejam quais forem as suas concepções de ensino e aprendizagem.No entanto, a Lição de Casa também tem sido objeto de preocupação e desconforto, por parte de todos os envolvidos: professores, pais e alunos. Clique no link abaixo  e descubra se você sabe ajudar seu filho nas tarefas de casa.http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/testes/voce-sabe-ajudar-seu-filho-na-licao-de-casa.shtml

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Sugestão de Leitura: A Música dos Números Primos – Marcus du Sautoy



https://www.youtube.com/watch?v=PTcUGrBI-3Q

A Música dos Números Primos – Marcus du Sautoy

Descrição do livro

Numa narrativa rica e abrangente, A música dos números primos conta a história de um dos maiores problemas da matemática, que culminou, em meados do século XIX, com uma hipótese do alemão Bernhard Riemann: era possível haver harmonia entre os números primos, semelhante a uma harmonia musical. A partir de então, as mentes mais ambiciosas da matemática embarcaram nessa procura que parece não ter fim.
O relato desseverdadeiro Santo Graal da matemática, feito pelo brilhante professor de Oxford Marcus du Sautoy, também pesquisador da Royal Society, aparece aqui pontilhado de casos interessantes e retratos pitorescos dos personagens que, desde Euclides, se envolveram nesse estranho mistério.

Livro em PDF.

􀀀 (Pi) e o número de ouro dos gregos, (Fi), é irracional- 8 Ano.


Fração Geratriz - Exercício - 8º ano- Para casa 4º e 5º Aula- Escola Tiradentes -CP


Fração Geratriz - Exercício 

    • 1-Encontre a fração geratriz da dízima 0,2222222...


    • 2-Encontre a fração geratriz da dízima 0,55555...


    • 3-Encontre a fração geratriz da dízima 0,525252...


    • 4-Encontre a fração geratriz da dízima 0,357357...


    • 5-Encontre a fração geratriz da dízima 1,88888...



    • 8-Encontre a fração geratriz da dízima 0,322222...


    • 9-Encontre a fração geratriz da dízima 0,482828282...


    • 10-Encontre a fração geratriz da dízima 0,5413413413...

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Sistema de numeração decimal 6º ANO

Sistema de  numeração decimal

Sistema de numeração decimal é o tipo de representação que usamos hoje para expressar quantidades, medidas e códigos (o número da conta corrente do banco, por exemplo) e para realizar operações. Tem esse nome por ser organizado na base 10 - de origem provavelmente ligada às contagens que os homens primitivos faziam com os dez dedos das mãos. Alguns povos, entretanto, teriam usado o sistema de numeração duodecimal (base 12) por sua proximidade com fenômenos da natureza, como o número de voltas que a Lua dá em torno da Terra durante um ano. O sistema decimal prevaleceu na cultura ocidental. Mas ainda guardamos muita influência de outras bases. Por exemplo, dividimos os dias em 24 horas (12 para o dia e 12 para a noite), usamos a contagem por dúzias em determinadas situações e unidades como o pé (que tem 12 polegadas) para alguns tipos de medida (em embarcações, por exemplo).
Uma importante característica do sistema decimal é o fato de ele ser posicional. Isso significa que o valor de cada algarismo depende do lugar que ele ocupa na escrita. Partindo da primeira casa, da direita para a esquerda, cada posição determina a multiplicação do algarismo por uma potência de 10 (1, 10, 100, 1000...). No sistema decimal, o número 317, por exemplo, é a composição de 3 x 10² + 1 x 10¹ + 7 x 10°. Essa lógica multiplicativa e aditiva resulta em um meio econômico de escrita numérica, pois com poucas notações é possível escrever números grandes.
Um contraexemplo é dado pelo sistema de numeração romano. Nele, a posição das letras não modifica seu valor, apenas determina se haverá soma ou subtração na composição do número. Em XX, por exemplo, temos 10+10. Em IX, temos 10-1. Em XC, temos 100-10.
Por valer-se apenas da lógica aditiva (ou subtrativa), o sistema romano demanda mais espaço para registrar valores altos. 148, por exemplo, é representado por CXLVIII.
As educadoras argentinas Susana Wolman e María Emilia Quaranta, da equipe da Direção de Currículo da Secretaria de Educação do Governo da Cidade de Buenos Aires, explicam como se dá, no sistema decimal, a relação entre o valor posicional e as operações:
''Os cálculos - mentais ou feitos com algoritmos convencionais - estão condicionados a regras que dependem da organização dos números. Quando ao somar 27 + 20, uma criança faz 10 + 10 + 7 + 10 + 10, depois soma os 10 e, em seguida, o 7, ela está considerando a composição de cada um dos números envolvidos, as partes de mesma ordem em que o número foi decomposto e, finalmente, as partes de diferentes ordens (40 + 7). Essas transformações sobre os números utilizam as operações aditivas subjacentes à numeração escrita.
As contas convencionais também apelam às regras do sistema de numeração: a formação de colunas ao somar ou subtrair facilita operar entre si os algarismos que ocupam a mesma posição na escrita numérica. Assim como os reagrupamentos ('vai um') permitem somar entre si os algarismos de mesma ordem, as decomposições ('empresta um') apelam a escritas equivalentes que facilitam a subtração. Ao subtrair 17 de 32, a conta convencional termina subtraindo (10+7) de (20 + 12).''